Intuitivo e espaçoso. O novo ID.3 caracteriza-se por um open space futurista. Apesar da sofisticada simulação virtual, foi indispensável para o processo de desenvolvimento, criar uma experiência real da sensação de espaço, usando uma maquete ergonómica. No quarto episódio de Becoming ID., o Dr. Gerrit Schmidt, responsável pelo conceito de interior, explica porque o interior do ID.3 representa uma passo "radical" na direção de um interior mais "arejado".
O que mais o inspirou no desenvolvimento da família ID.?
O "radicalismo" da abordagem. Eu trabalhei, há uns anos, num projeto de estratégia de produto chamado "O que vem depois do Golf?" Este projeto estava focado no próximo salto da indústria automóvel, o próximo nível de automóveis, por assim dizer. Agora tive a oportunidade de moldar e desenvolver este salto. Comecei com os primeiros desenhos, os genes base do automóvel, com o objetivo de desenvolver o melhor automóvel elétrico para os nossos clientes. Seguimos novas direções em muitas áreas. Isto dá imenso prazer e é único no âmbito do desenvolvimento automóvel. Se olharmos para os volumes de vendas expectáveis, a família ID. vai transformar o panorama das estradas em todo o mundo e contribuir significativamente para a redução das emissões de CO2. Este aspeto também me motivou incrivelmente.
Em que altura se apercebeu que a mobilidade elétrica para todos se estava a tornar uma realidade?
Quando me sentei no primeiro protótipo do ID.3 e tive a oportunidade de o experimentar. Foi aí que eu soube que o conceito do automóvel era um sucesso. É fascinante e tem um preço atraente. Isto deve-se principalmente à bateria que pode ser escalável. Isto significa que a autonomia ideal pode ser configurada para qualquer tipo de condução. Isto é atualmente algo único no segmento dos automóveis compactos.
"O conceito de open space do ID.3 é definitivamente algo muito importante para mim."
Dr. Gerrit Schmidt - Responsável pelo conceito de interior
Em detalhe, qual é a tecnologia que considera mais fascinante no novo ID.3?
Para mim não foi "uma tecnologia", mas sim a experiência global que tive com o automóvel, como condutor. O enorme espaço interior, apesar das dimensões compactas, o fato de ser "arejado" e a simplicidade dos comandos. Simplificámos algumas coisas. Os comandos, por exemplo, são baseados num "conceito de simplificação, por outras palavras, menos é mais. Por isso o automóvel representa claramente um passo à frente.
Qual foi o maior desafio que teve de enfrentar durante todo o processo do projeto?
Para mim, o maior desafio foi implementar o conceito inicial do automóvel durante todo o seu processo de design: um automóvel elétrico compacto a um preço aceitável com um conceito de espaço (open space) inteiramente novo, em conjunto com comandos radicalmente simplificados. Durante o processo de desenvolvimento tivemos de convencer muitos colegas a encontrar novas abordagens, soluções diferentes e desenvolver, por exemplo, novos módulos de propulsão, bateria ou do sistema de ar condicionado.
O que retira pessoalmente desta experiência?
Estou muito orgulhoso do automóvel. É divertido poder repensar o automóvel vezes sem conta. O interior open space do ID.3 é para mim um ponto a destacar. Este não seria possível sem a busca incessante, mas sempre cooperativa e construtiva, dos meus colegas, para alcançar soluções ótimas.
Que vantagens oferece uma maquete ergonómica nos dias de hoje?
As maquetes ergonómicas são uma forma excelente de experimentar. Não podemos desenvolver automóveis exclusivamente no computador. Apesar de todas as simulações, o que realmente interessa é sentir o automóvel. Este modelo real é a única forma de podermos desenhar e desenvolver automóveis para os nossos clientes.
